Quem leu o meu desabafo de metaleira de meia-tigela de novembro do ano passado, sabe da culpa que carrego de não ter visto o megashow do Iron Maiden quando ele aconteceu bem aqui do lado de casa. Para provocar ainda mais minha consciência eles resolveram se apresentar de novo só que lááááá em Interlagos. Não fui e fiquei me remoendo por dentro.
Angariando uma absolvição resolvi fazer uma penitência leve : fui assistir a estréia do documentário "Iron Maiden Flight 666". Foi uma sessão de cinema só para iniciados, com pouca divulgação na imprensa. A sessão foi dia 20 para 21, meia-noite e um minuto exatamente. Não entendi porque não fizeram a tal sessão em "Two minutes to midnight" como na música. Será que pensaram que seria óbvio demais? Ou então três da madruga que segundo dizem é a hora do capeta...
Conjecturas a parte vim aqui contar que valeu muito a pena. Nunca uma penitência foi tão prazeirosa. Passando o serviço: um dos diretores é o mesmo que fez "Metal", Sam Dunn, um canadense fanático e bastante competente por sinal . O sortudo viajou com o Iron Maiden durante a turnê Somewhere Back in Time (a mesma que incluiu São Paulo e tive o desgosto de perder a oportunidade de ter ido) e registrou tudo. O filme é bem equilibrado, sem show demais, sem piadinhas demais, sem bastidores demais. O termômetro de como o filme fluiu bem é o meu Zezim, que me acompanhou resignadamente e mesmo sem ser metaleiro, nem roqueiro, nem encaixar em nenhum rótulo de aficcionado, conseguiu assistir o filme inteirinho sem se chatear e ainda saiu do cinema dizendo ter gostado da experiência.
E tive a oportunidade de sentir meu coraçãozinho bater forte num revival amoroso. Aqui eu faço uma revelação: fui completamente apaixonada pelo baixista Steve Harris. Antes de dormir meu sono de adolescente ficava olhando para a cara dele na foto do pôster na parede do meu quarto. Agora ele está tiozinho da Sukita, com filhas crescidas e tudo, mas ainda arranca uns suspiros do público feminino. É tímido e reservado, fazendo o tipo "sensível" e "criativo" do grupo. Se é que fazer músicas de heavy metal possa qualificar alguém de "sensível", hehehe.
Apesar das minhas tendências afetivas juvenis, me liguei num outro personagem da banda. Quem rouba a cena totalmente não é o vocalista Bruce Dickinson, que no show e pilotando o avião impressiona com sua hiperatividade. É Nicko McBrain que cativa a gente. O baterista feioso com pinta de boxeur a quem nunca dei trela é uma simpatia só. E cheio de piadinhas e sacadas, todas sem forçar a barra. Um barato!
Bom, papo de afficionado enche, né? Vou parando por aqui...
Fica aqui o link do trailer para quem quiser conferir.
E para terminar: dizem que vão lançar o DVD em maio. Para quem não sabe, meu aniversário é em junho, viu?