domingo, 28 de dezembro de 2008

Natal Macabro na Argentina


Agora que o Natal passou posso comentar este assunto com as pessoas sem preocupações. É que algumas coisas quando são ditas parecem soar como premonição. Não reparem, são resquícios supersticiosos que persistem apesar do meu agnosticismo.

Quando se aproximam as festas de fim de ano as escalas de folga são feitas no meu serviço de uma forma que o arquivo não fique desguarnecido de gente nas vésperas, nos dias de Natal e Ano Novo. São os "plantões em casa". A gente não trabalha mas fica de sobreaviso em Sampa para qualquer eventualidade. O argumento mais comum é "e se o Pelé morrer..." Caso isso aconteça a gente tem que estar lá para fazer o fatídico levantamento de imagens... Mas o Pelé está firme e forte, vai ver foram muitos Vitasays que ele tomou e que mantém o ídolo de pé, hehehe.

O mais provável seria "e se o Maradona morrer...". Tudo bem que aparentemente o perigo já passou. Mas como ele deu muitas brechas para o azar, é possível que tenha alguma recaída. Sacumé, agora que é técnico da seleção argentina, muita pressão no cangote... Vai saber, né? E se não for isso, quem garante que com aquele formato rechonchudo ele não esteja com a taxa de triglicérides alta ou hipertenso. Seria ele diabético? Não sei como é o Natal argentino, mas se for algo parecido com o nosso, um abuso daqui outro acolá...

Mas imaginem se isso acontecesse mesmo no Natal...Dizer que seria uma desgraça é até um eufemismo. As proposições de Nietzsche sobre a morte de Deus se concretizam. Comoção nacional, luto oficial, peregrinações para o velório, os seguidores da igreja maradoniana em histeria religiosa. E nenhum Natal na Argentina seria mais o mesmo. Não mesmo. Pobrezitos!